Sempre que eu via fotos de homens e mulheres com a mandíbula (e não maxilar, viu?) larga, com uma definição bem quadrada, eu babava. Fiquei sabendo que existia um certo preenchimento que tinha esta função e não precisava de uma cirurgia plástica. Pesquisei e descobri que o ácido hialurônico fazia este efeito de definir alguns traços do rosto.

A princípio não tinha coragem de passar por este procedimento, pois nunca tinha feito nada parecido. Milagrosamente (ou por pistas que deixei para o Google descobrir) caiu na minha timeline do Instagram um antes e depois de um rapaz que tinha feito exatamente o que eu desejava e o resultado me surpreendera, confesso.

Entrei em contato com o cirurgião-dentista Diogo Branco, de Ribeirão Preto, que veio a São Paulo e me encorajou a fazer o preenchimento. Junto com o médico Antonio Kleber, conversamos e logo falei como eu imaginava meu rosto: ‘Me deixe a cara do Caio Castro’. Tá, sei que milagres não são assim, então pedi só a mandíbula dele mesmo.

No consultório, não quis ver a agulha porque tenho pânico dela – apesar de já ter tomado inúmeras injeções de benzetacil. Primeiro, Diogo limpou a região com clorexidina, depois passou um anestésico tópico a base de Lidocaína e Tetracaína e deixou minha pele como um couro insensível. É meio estranho!

Depois ele desenhou com um lápis o traçado da linha mandibular, tudo milimetricamente medido, e fez um furo na pele, chamado pertuito, com uma agulha. A sensação foi bem bizarra porque não senti nada! Só a pressão de algo contra a pele. Nada mais. Juro! Naquele buraquinho ele inseriu uma cânula de 25G de 40 milímetros, sem ponta. Se você tem medo, nem olhe para ela, mas também não doeu. E ali ele começou a injetar o ácido hialurônico.

‘É algo bem seguro porque já o temos no organismo presentes na pele e articulações. Dificilmente dá alergia. Esse procedimento não é apenas estético e também estimula a produção do colágeno e hidratação da pele. É temporário, dura cerca de dois anos, o que o torna mais seguro do que o famoso PMMA, que é permanente e, se der reação, dificilmente sai do local inserido’, me explicou.

Papo vai, papo vem, nem vi passarem os quase 50 minutos do anestésico ao grand finale. É muito rápido e o efeito é incrível! O formato do rosto muda muito em questão de minutos. Ah, também levei uma amiga-cobaia, a Marcela Arribet, que é retrognata classe 2, e deu um upgrade no queixo com o ácido. Ela só não passou pela cânula e ficou apenas na agulha.

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É um ácido bem denso, bastante reticulado, já que tem a função de ‘imitar’ o osso, diferente do preenchimento nos lábios', detalhou Antonio para mim.
Até este momento basicamente não sentimos dor alguma, mas tivemos uma pequena sensibilidade nos dois dias seguintes com uma inflamação no local aplicado. Coisa pouca que passou logo.

Qualquer pessoa pode fazer este procedimento. Só não é indicado para as grávidas, lactantes e portadores de doenças autoimunes, como o lúpus, por exemplo."


Fonte de texto: revistamarieclaire.globo.com

Fonte de imagem: revistamarieclaire.globo.com