Os diversos tons de pele foram surgindo no decorrer da história da humanidade, como uma forma de adaptação ao meio em que cada uma vivia. Hoje em dia, essas mesmas adaptações não combinam com o estilo de vida atual, como trabalhar por períodos extensos em locais fechados, aliados a exposição inadequada ao sol, o que tem contribuído para o crescente número de casos de deficiência de Vitamina D em todo o planeta. Estudos recentes indicam que a falta da Vitamina D compromete o sistema imunológico, acarretando diversos problemas de saúde. Mas não só ela, a carência de outras vitaminas também tem sido crescente. Por isso, cada pele precisa de um cuidado adequado e, para isso, é necessário primeiramente conhecer suas características e entender os fatores que interferem na sua originalidade e estão presentes nos hábitos de vida (Epigenética).
Como identificar o seu fototipo?
Existe uma classificação dos fototipos cutâneos, a chamada escala Fitzpatrick, criada em 1976 pelo dermatologista e diretor do departamento de Dermatologia da Escola de Medicina de Harvard, Thomas B. Fitzpatrick. Ele elaborou uma escala a partir de visualizações empíricas, onde a cor natural da pele pode ser classificada de duas formas: a constitutiva, onde os fatores genéticos determinam e atuam em todas as etapas da melanogênese, e a facultativa onde a cor natural da pele dependente da exposição ao sol, dos hormônios e do processo de envelhecimento.
Ela é constituída da seguinte forma:
I: queima facilmente, nunca bronzeia (Branca)
II: queima facilmente, bronzeia levemente (Branca)
III: queima moderadamente, bronzeado gradual e uniforme (Branca)
IV: queimadura mínima, bronzeado moderado (Morena clara)
V: raramente queima. Bronzeamento abundante e escuro (Morena)
VI: nunca queima. Pigmentação profunda (Negra)
A classificação Fitzpatrick é muito utilizada para definir que tipos de tratamentos estéticos podem ser empregados, sem que ocorra reações adversas como manchas na pele.
E isso interfere no envelhecimento?
A melanina (pigmento natural da pele) funciona como uma proteção natural do organismo contra a ação dos raios solares,os grandes vilões do envelhecimento. Quanto mais clara a pele (menos melanina), mais rapidamente ela sentirá os efeitos do envelhecimento em comparação com uma pele negra (mais melanina), que sentirá os efeitos de modo mais ameno.
Cuidados com cada tom de pele
A herança genética não determina apenas suas características físicas, mas também afeta a maneira como você envelhece. No entanto são os hábitos de vida (Epigenética), os responsáveis diretos pelas alterações da pele de modo geral. Além disso, os fototipos não são abrangentes, e no Brasil, a miscigenação se mostra em diferentes tons de pele, como branca, amarela, morena e negra, gerando mais nuances entre os seis fototipos classificados.
Vejamos:
Pele branca
A pele branca contém pouca melanina, substância responsável pela proteção da pele. Consequentemente, esse tipo de pele fica mais propensaà aceleração do envelhecimento, desencadeado pela exposição ao sol. Pode apresentar sensibilização e eritema (vermelhidão) persistente ou recorrente,telangiectasias (vasinhos dilatados na superfície da pele) e inflamações, representadas por pápulas (bolinhas vermelhas), pústulas (bolas vermelhas com pus) e edema (inchaço).
Nestes casos é necessário um tratamento específico voltado para a recuperação da imunidade da pele e da barreira cutânea. Quando comparada à pele das orientais ou negras, a branca mostra os sinais do envelhecimento mais proeminentes, e a baixa pigmentação aumenta a probabilidade de aparecimento de rugas precoces, assim como flacidez e danos provocados pelo sol.
A pele tende também a ficar mais seca, à medida que afina com o tempo. Filtro solar é importante, mas não se esqueça de outros fatores, como cosméticos que garantam firmeza e evitem a variação de tom e vermelhidão. Todos eles exercem um papel fundamental e transformam a pele globalmente.
Pele morena
A pele morena contém maior quantidade de melanina que a pele branca. Esse tipo de pele tem maior incidência de manchas, pois, mesmo após uma exposição solar não exagerada, produz grande quantidade de melanina, causando melasmas, que aparecem na face, principalmente nas bochechas, na testa, no nariz e no buço, e possuem uma cor acastanhada.
A parte boa é que a pele morena tem tendência a envelhecer em um ritmo mais lento. Mas, quanto mais melanina, maior o risco de aparecer problemas de hiperpigmentação a partir dos 30 anos.
A esfoliação regular estimula a renovação celular natural a reduzir a obstrução dos poros. Tônicos e antioxidante são sempre uma boa estratégia para manter a saúde da pele, além disso, é fundamental o uso constante e correto de filtro solar e ao menor sinal de manchas utilizar clareadores de pele à base de despigmentantes seguros, assim a pele se mantém radiante e saudável por mais tempo.
Pele oriental
A pele oriental é rica em colágeno, o que confere grande elasticidade, menor vulnerabilidade às rugas e à flacidez. Esse farto colágeno retém altos teores de água nas camadas mais profundas, o que dá a aparência hidratada e refinada, com menor chance de ressecamento.
A melanina está presente em quantidade significativa e participa dos processos de reparação da pele.
Por isso, existe o risco de surgirem manchas diante de qualquer agressão (ferimentos), exposições solar, depilação, picadas de inseto e procedimentos como peeling e laser. A única maneira de evitá-las é se protegendo adequadamente, com auxílio de fotoprotetores, diariamente, além de bonés, chapéus e óculos de sol.
Geralmente, a pele das orientais passa por um processo mais lento de envelhecimento.
Pele negra
A pele negra tem uma camada dérmica mais espessa e compacta. As fibras de colágeno são mais densas e com disposição paralela. A derme papilar tem mais fibroblastos (responsável pela biossíntese de colágeno) e macrófagos (células do sistema de defesa da pele). Este tipo de pele apresenta a maioria dos aspectos positivos e envelhece lentamente. A esfoliação regular, o uso de loções normalizadoras ajudam a manter poros e comedões (cravos) sob controle, e ainda mantêm o relevo da pele uniforme.
Um erro bem difundido é o de se acreditar que a pele negra ou morena não precisam de proteção solar. Apesar de serem mais resistente ao sol, essas tonalidades de pele também podem sofrer queimaduras e sentir os efeitos da radiação tanto no quesito envelhecimento precoce quanto no desenvolvimento de doenças, como o câncer de pele.
Isto é, correm riscos como qualquer outro fototipo. Falando em riscos, as chances de pigmentações cutâneas são maiores e de difícil tratamento, devido à melanina, os riscos aumentam após processos inflamatórios como a acne.
Fonte: Dicas de beleza by Buona Vita