Todo mundo já ouviu falar em micropigmentação nas sobrancelhas. A técnica de reconstrução virou mania entre as mulheres que desejam uma sobrancelha mais grossa. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, o tratamento não é exclusivo para as sobrancelhas. A micropigmentação serve para aumentar os lábios, melhorar a aparência de cicatrizes, atenuar rugas e estrias e tratar vitiligo e calvície.

A técnica deposita pigmentos de uma tinta à base de glicerina hipoalergênica. O bom é que ninguém tem alergia à glicerina, por isso a micropigmentação é tão eficiente. O que acontece é que a molécula da substância é maior do que a nossa e, a cada 28 dias, quando o corpo faz uma renovação natural das células, o pigmento vai sendo aos poucos expelido pelo organismo. O aspecto é muito natural e até quem tem alergia à maquiagem não precisa se preocupar. "A micropigmentação é feita fio a fio para dar um aspecto tão natural que o próprio cliente muitas vezes não consegue identificar qual pelo é natural ou não.

As técnicas 3D e compacta são as mais conhecidas para as sobrancelhas. Enquanto a primeira desenha cada fio na espessura, cor e formato original para dar a impressão mais natural possível, a outra traça só o contorno para depois colorir o meio. "A micropigmentação 3D serve também para reconstruir as auréolas dos seios em casos de mastectomia. A técnica permite que o bico do peito seja simulado, fica perfeito".

O mesmo princípio do tratamento se aplica aos casos de calvície. "É um trabalho artístico, desenhamos folículos capilares com uma agulha feita especialmente para este procedimento. Para quem já está careca, a aparência é de cabelo raspado, para os que têm cabelo ralo o resultado é uma impressão de cabelo cheio", esclarece a micropigmentadora. O tratamento serve ainda para preencher os lábios e atenuar a aparência do vitiligo.

Não gosta do efeito inchado do botox? Já pode deixá-lo de lado. A micropigmentação redimensiona lábios finos, sem formato e sem desenho. O cobiçado bocão à la Angelina Jolie e Kylie Jenner pode ser conquistado em apenas uma sessão e tem duração de até dois anos. "A agulha colore com um tom muito próximo do original as áreas que precisam ser redefinidas ou que não têm cor devido à doença, amenizando as manchas".

Usando o mesmo processo, a micropuntura, ou micropigmentação paramédica, trata ainda das cicatrizes, rugas e estrias. "A agulha motorizada, o ácido lático e colágeno usados no procedimento estimulam a renovação das células, provocando seu rejuvenescimento e melhorando a aparência da pele que, pouco a pouco, vai sendo reconstruída", ensina a dermopigmentadora. O tratamento, que não deixa qualquer tipo de cicatriz ou queloide, faz sucesso nos casos de estrias, cicatrizes de redução de mama, plástica na barriga e em cicatrizes escuras, que podem ser coloridas para aproximar à cor da pele natural. Mas especialistas avisam: "Se a cicatriz tiver queloide, é melhor não fazer".

Já nas rugas, o resultado é ainda melhor. "O rejuvenescimento da pele também é feito com ácido lático e colágeno, mas, ao contrário do botox, o resultado é definitivo e não precisa ser retocado", diz a especialista. O número de sessões varia, mas os casos mais graves podem ser resolvidos com até 10 sessões.

Fonte: GNT