A lipodistrofia ginoide, conhecida como celulite, está presente na maioria das mulheres e com a chegada da estação mais quente do ano, aumenta a procura por tratamentos capazes de amenizar e até mesmo acabar com os furinhos, dependendo do grau da celulite. Os tratamentos estéticos ganham novos aliados com o surgimento de substâncias com maior poder de permeação, garantindo resultados satisfatórios e com maior segurança. É o caso dos patches nanotecnológicos para tratamento da celulite e gordura localizada.
A lipodistrofia ginoide, caracteriza-se pelo acúmulo de gordura nos adipócitos, levando a alterações no tecido subcutâneo. O tecido fibrótico das mulheres apresenta-se em posição vertical, ou seja, com o aumento dos adipócitos ocorre um estiramento das fibras no sentido vertical, puxando o tecido para baixo, o que ocasiona o aspecto casca de laranja. Também ocorrem alterações vasculares que aumentam a permeabilidade do capilar sanguíneo e a retenção de líquidos. O edema do tecido adiposo também ocasiona alteração nas estruturas das fibras, intensificando a ondulação da pele.
Os tratamentos tópicos para celulite incluem diversos agentes e mecanismo de ação, a começar pelos que ativam a microcirculação, que reduzem a lipogênese e promovem a lipólise, que restauram a estrutura normal da derme e tecido subcutâneo e agentes que eliminam os radicais livres ou impedem a sua formação (HEXSEL & SOIREFMANN, 2011).
A nanotecnologia consiste em uma técnica de encapsulamento de moléculas ativas que garantem maior eficácia nos resultados esperados do tratamento. É uma forma de preservação e liberação dos princípios ativos que apresenta crescimento nos últimos anos na aplicação da indústria cosmecêutica, em especial para o tratamento de desordens corporais, sendo a lipodistrofia ginoide ou celulite a mais comum.
O ativo livre pode sofrer diferentes interações que comprometem o desempenho ao qual foi destinado. É como se ele estivesse desprotegido e com alta probabilidade de sofrer alterações físico-químicas devido à oxidação, degradação, interação com outras moléculas, entre outros. Portanto, em alguns casos não conseguem exercer a função em sua totalidade. Um ativo nanoencapsulado confere um valor agregado às formulações cosméticas, devido aos seus inúmeros benefícios, sendo o principal, o aumento da eficácia do ativo, por possuir uma maior permeação cutânea devido ao tamanho das partículas com cerca de 100 nanômetros, ou seja, correspondendo a bilionésima parte do metro. Desse modo, conseguem alcançar as camadas mais profundas da pele e é capaz de aprimorar os benefícios dos cosméticos, como melhorar a estabilidade físico-química da formulação, possuem tempo de ação prolongada, assim como maior segurança e eficácia.
Os patches nanotecnológicos são incorporados dos seguintes ativos: associação do Chá Verde com a Cafeína para potencializar a ação lipolítica por meio de inibição da fosfodiesterase, uma enzima que degrada AMPc, um tipo de mensageiro da célula (WESTERTERP-PLATENGA, 2010). O Phytosonic atua na reorganização adipocitária, com ação na redução de medidas, restauração da energia mitocondrial e inibição da diferenciação pré-adipocitária. Promove a desvinculação dos adipócitos de sua matriz extracelular pela estimulação de proteases específicas envolvidas na remodelação tridimensional do tecido. Sua ação é semelhante ao Ultrassom na pele.
Outras tecnologias associadas podem ser utilizadas por profissionais de estética para promover aumento dos resultados para o tratamento corporal em cabine. Um exemplo é o uso de termoterapia através da aplicação de placas focalizadas que promovem o aquecimento da região, e, assim promovem a melhora da circulação e do aporte de nutrientes para a região a ser tratada.
A prática de atividade física, boa alimentação, ingestão de líquidos, associados à alta tecnologia cosmética garantem resultados satisfatórios.
Fonte: Revista Negócio Estética
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