O vitiligo é caracterizado pela diminuição ou ausência de melanina, ou seja, pigmento que dá cor à pele. É uma doença que provoca manchas brancas nas áreas afetadas do corpo, nas quais, podem ser isoladas ou espalhadas. Normalmente, essas lesões na pele atingem os genitais, cotovelos, joelhos, face, mãos e pés. O índice de vitiligo no mundo é de 1 a 2%. Apesar de não ter cura há tratamentos para a doença.
Os profissionais da saúde classificam o vitiligo em dois tipos:
Segmentar ou Unilateral: quando a doença se manifesta em apenas uma parte do corpo, geralmente quando o paciente é jovem. Nesse tipo de vitiligo o paciente pode perder a coloração dos pelos e cabelos.
Não segmentar ou Bilateral: é considerado o tipo mais comum, manifesta nos dois lados do corpo, como: dois pés, duas mãos, dois joelhos. De maneira geral, as manchas brancas aparecem inicialmente em extremidades, por exemplo, mãos, pés, nariz e boca. Há ciclos de perda de cor e épocas em que a doença se desenvolve. Após esse ciclo, há períodos de estagnação. Esses momentos ocorrem durante toda a vida; a duração dos ciclos e as áreas despigmentadas tendem a se tornar maiores ao longo do tempo.
Em relação as causas do aparecimento do vitiligo nas pessoas que possuem, há algumas teorias para isso, tais como:
Teoria neural: é o vitiligo segmentar que aparece normalmente sobre a região de uma pinta e é provocado por substâncias que combatem as células que produzem a melanina, os melanócitos.
Teoria citóxica: a despigmentação na pele é provocada por substâncias presentes em materiais como borracha e alguns tecidos chamadas de hidroquinona.
Teoria autoimune: há formação de anticorpos responsáveis por atacar e destruir o melanócito ou inibir a produção de melanina. Também parece estar associado a outras doenças como a diabetes e doenças da tireóide. Além disso, há a ocorrência familiar em 20% a 30% dos casos.
Tratamentos[/n]
[p]Até o momento o vitiligo não tem cura, no entanto, há diversas possibilidades de tratamento e opções terapêuticas. A finalidade dos tratamentos é estabilizar o quadro de vitiligo, ou seja, cessar o aumento das lesões, assim como proporcionar a repigmentação da pele. Medicamentos como tacrolimus derivados de vitamina D e corticosteroides podem induzir a repigmentação das regiões afetadas.
A fototerapia com radiação ultravioleta B banda estreita (UVB-nb) é recomendada para quase todas as formas de vitiligo e possui resultados excelentes, especialmente para o vitiligo que aparece na face e no tronco. A fototerapia também pode ser usada com ultravioleta A (PUVA). Além disso, pode-se empregar tecnologias como o laser, bem como técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos.
O vitiligo possui tratamento individualizado e precisa ser discutido com um profissional da saúde especializado, conforme as características de cada paciente. Os resultados obtidos podem variar de uma pessoa para outra. Dessa forma, somente um especialista qualificado pode indicar a melhor opção. Vale ressaltar também que a doença pode ter um excelente controle com a terapêutica adequada e repigmentação completa, sem nenhuma diferenciação de cor.
Recomendações
Algumas recomendações para quem possui vitiligo são essenciais para que os cuidados com a pele sejam realizados, tais como:
Procurar um dermatologista para diagnóstico e tratamento em caso de aparecimento de mancha branca na pele;
Tomar sol com cuidado, por períodos curtos, usando protetor solar, evitando a exposição entre 10h e 16h;
Reaplicar o protetor solar a cada 2 horas, especialmente se estiver na praia ou na piscina;
Hidratar a pele normalmente. O portador de vitiligo não precisa de hidratantes nem sabonetes especiais.
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Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia e Drauzio Varella
Imagem: Envato Elements